segunda-feira, 19 de março de 2012

NEWS: Roger Waters no Fantastico (“Vou continuar no palco até quando meu corpo aguentar", diz Waters)



“Vou continuar no palco até quando meu corpo aguentar", diz Waters


O ex-líder do Pink Floyd, Roger Waters, falou sobre a antiga banda, vida pessoal, mas, sobretudo, a criação favorita, o próprio “The Wall”.


Um show com mais de 30 anos e um músico que beira os 70. Parecia uma combinação ultrapassada, mas não. Este é o visionário inglês Roger Waters e o seu mega concerto “The Wall”. A caminho do Brasil, o astro promete homenagear o mineiro Jean Charles de Menezes, morto por engano pela polícia no metrô de Londres, há sete anos.


Ele foi o primeiro a imaginar um show de rock com poderosos efeitos visuais. Isso há mais de três décadas. Em Buenos Aires, em uma conversa bem descontraída, o ex-líder do Pink Floyd, Roger Waters, falou sobre a antiga banda, vida pessoal, mas, sobretudo, a criação favorita, o próprio “The Wall”.

No final dos anos 70, ele já imaginava fazer algo grandioso, mas a tecnologia para os shows ainda era simples demais para a imaginação de Waters. Algumas luzes e uma banda no palco era pouco para ele.


Com “The Wall”, Waters queria mudar tudo, e conseguiu. Ao longo dos 30 anos, o espetáculo evoluiu muito e chega agora em sua forma mais elaborada, pela primeira vez ao Brasil.


Os temas pesados da composição original, a guerra, a tirania e a repressão, hoje quase não combinam com um Roger Waters que se diz mais otimista com a vida.


Mesmo assim, “The Wall” é sua marca registrada ou seria a marca do Pink Floyd?


“Quando eu criei “The Wall”, ainda estava na banda”, ele diz. Mas ao olhar o programa do show original, pode-se conferir: “The Wall”, escrito e dirigido por Roger Waters e apresentado por Pink Floyd. Ou seja: ele afirma que “The Wall” sempre foi uma obra exclusivamente dele.


“The Wall” ajudou Waters a se relacionar de uma maneira diferente com seus fãs. Antes ele se via como um alienígena para sua plateia. A própria construção de um muro de verdade entre o palco e o público tinha a ver com isso. “Hoje eu consigo sentir a plateia na minha frente, a atenção de todo mundo está comigo”, conta Waters.


Waters admite que nunca foi muito bom nas relações mais íntimas: “Eu não tinha nenhuma sorte com as mulheres. Meus casamentos foram todos desastrosos, agora acho que acertei. Mas não tenho nenhum arrependimento”.


Nem o fim do Pink Floyd, uma das mais bem sucedidas bandas de rock, ele diz olhar com saudade. “No final da minha carreira no Pink Floyd, eu fazia cada vez mais e os outros cada vez menos. Eu sai e eles continuaram. Foi simples assim”.


Waters, um dos maiores baixistas da história, fala que adoraria ter sido um bom guitarrista ou ter uma boa voz: “Eu sei cantar, mas não sou um ótimo cantor e também não toco de verdade. Meu negócio mesmo é compor”, afirma.


Nos shows que vão ser realizados no Brasil, ele promete emocionar com uma surpresa. Logo depois de tocar o clássico “Another brick in the wall”, o público vai ouvir uma nova variação sobre o tema.


A composição é uma homenagem a Jean Charles de Menezes, o brasileiro confundido com terrorista no metrô de Londres e morto a queima roupa por policiais ingleses em 2005.


Para os fãs de Pink Floyd, ou de Roger Waters, “The Wall” é um presente, não só para os ouvidos, mas também para os olhos. Segundo ele, o maior trunfo visual são as imagens projetadas no muro, uma tela com mais de 140 metros de extensão.


E para quem acha que esse é o show de despedida, Waters tem um recado: “Vou continuar no palco até quando meu corpo aguentar”, garante o músico.

Veja o video da entrevista: G1

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